Wes Montgomery - 'Round Midnight (1965)

domingo, dezembro 13, 2009 2 comentários
Wes Montgomery foi o cara. E, se estivesse vivo, hoje seria um grande coroa. Nascido em Indianapolis, Indiana, 1925, seu nome completo foi John Leslie Wes Montgomery, um grande guitarrista de jazz, que marcou gerações inteiras.



"Filho do meio de três irmãos, todos músicos, mudou-se ainda criança para Ohio. Autodidata, Wes começou a tocar só aos 19 anos, e por influência de Charlie Christian, de quem ouvia os discos e memorizava os solos. Seis meses mais tarde, já tocava profissionalmente.

Wes tocava guitarra de uma maneira pouco ortodoxa, já que usava o polegar em vez da palheta, bem como um modo único de tocar em oitavas ou em block chords, o que tornava a sua guitarra mais expressiva ou melodiosa. Muitos guitarristas do jazz atual nomeiam Wes como uma de suas principais influências, entre os quais: Pat Metheny e George Benson.

Sua extrema liberdade e fudidez fluidez no instrumento chamaram, desde o início, a atenção de músicos como Cannonball Adderley, e em 1960 lhe valeriam o prêmio New Star da revista DownBeat. Wes definiu aquela que viria a ser a sonoridade clássica da guitarra de jazz nos anos 60 e tornou famosa a formação Guitarra, Órgão Hammond e bateria (The Wes Montgomery Trio 1959)".

Montgomery faleceu aos 43 anos de idade, por um ataque cardíaco. Hoje, em 2009, ele teria 84. Porém, como outro coroa já dizia, o tempo é relativo...


"Podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, valorize o seu dia, entenda que se morre diariamente? Nisso, pois, falhamos: pensamos que a morte é coisa do futuro, mas parte dela já é coisa do passado. Qualquer tempo que já passou pertence à morte."


Sêneca - da economia do tempo


"Queres saber qual é a vida mais longa? Aquela que tem seu fim na sabedoria. Chegar a esse ponto é o fim mais longínquo e também mais elevado. Assim, o homem pode celebrar audaciosamente, prestar homenagem aos deuses e, dentre os deuses, a ele próprio, fazendo com que a natureza agradeça-lhe pelo que é, pois devolve a ela uma vida melhor do que a recebida. Estabeleceu o tipo ideal do homem de bem, demonstrou sua qualidade e sua magnitude. Se algo mais fosse acrescentado a seus dias, apenas conseguiria levar adiante seu passado. [...] "Mas ele não viveu o número de anos que poderia ter vivido." Um número reduzido de linhas pode formar um livro, apreciável e útil. Tens conhecimento de como os Anais de Tanúsio são indigestos e qual o nome que lhe é dado. A vida longa de certos homens se iguala ao livro de Tanúsio. Consideras que o gladiador que morre no fim do espétaculo é mais feliz que aquele que morre no meio? Podes imaginar que algum desses homens deseje tanto viver que prefira ser enforcado no vestiário a morrer lutando na arena? O tempo que nos separa não é o mais importante. [...]"


Sêneca - da qualidade da vida comparada com sua duração


Wikipedia - Wes Montgomery
Youtube - Round Midnight
Sêneca, Lúcio Anneo


Publicado em Sub.vertente– 20.11.2009

2 comentários:

  • Loan disse...

    A tempo, gostaria de agradecer o convite de Lisa para participar do Blog. É um ótimo título e iniciativa. Espero poder contribuir à altura (ou profundidade).

    Grande abraço a todos.

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