Audrey Hepburn em Breakfast at Tiffany's
Por esses dias de Natal é fato que os sentimentos de muitas pessoas se encontram mais à flor da pele. Sendo eu o receptor de uma mensagem de cunho tão claro, como estas que se digam mais claramente epidérmicas, o que me caiu na caixa de correios eletrônico nesse dia 24 de dezembro de 2009 não me foi de um teor muito diferente quanto aos sentimentos expressos. Não pouco verdadeiro, muito pelo contrário, verdadeiro demais pra mim, foi o e-mail que recebi de uma amiga que conheci neste louco e conturbado ano de 2009. Sinceridade entre amigos é o que torna plausível a relação, mas amizades curtas não são parteiras de tão francas sinceridades. Calma, não se impressionem tanto, a carta que recebi não foi um típico valedictory despatch – um documento de despedida dos diplomatas britânicos que valeria ao “último relatório”, onde os tais poderiam se valer do abandono das velhas cordialidades e restrições que devem circular por este meio para ali, no papel, colocar as impressões finais e sinceras sobre o país no qual residiu. Não foi tão cru assim, mas valeu pelo fim de um primeiro ano de amizade.
Esta minha amiga, sabendo que eu sou um fã de cinema, um desses loucos que se desprendem das horas de finais de semana, ou até mesmo dos dias de semana para ficar enfurnado em um quarto vendo filmes, começou em prólogo me dizendo que havia visto naquela semana o filme Breakfast at Tiffany’s, no Brasil conhecido como “Bonequinha de Luxo”. Trata-se de um filme de 1961 do diretor Blake Edwards, uma adaptação cinematográfica para uma novela do escritor e cronista americano Truman Capote. O restante da carta é outra história.
Pelo pouco que sei de Capote é que era um típico cronista do estilo de vida americano, como se percebe desde o nome da história até a primeira cena do filme em que a bela e sempre estilosa Audrey Hepburn desce de um típico táxi nova-iorquino (aquele amarelinho) numa deserta rua do centro de NY, bem em frente a joalheria que empresta o nome ao filme, a centenária Tiffany, tomando seu café da manhã olhando as vitrines. De antemão, Audrey é o filme! Seu charme e sua beleza misturam-se facilmente com qualquer memória que o espectador venha a ter deste clássico de Hollywood depois de assisti-lo.
O enredo é um tanto simples: uma menina do interior que decide viver a qualquer custo no centro luxuoso da maior metrópole dos EUA. A singela personagem principal vale-se de sua meiguice e infantilidade para, digamos, conseguir uns trocados dos “ratos” ricos de Nova York. Holly troca os dias pelas noites freqüentando bares e sociais pela cidade onde acompanha os tais “ratos” e “super-ratos”, chegando sempre pela manhã em seu prédio no subúrbio de NY, aterrorizando seu esquisito e exótico vizinho, um artista de origem asiática, acordando-lhe pelas manhãs tocando seu interfone para que lhe abra o portão do prédio, pois ela sempre se esquece de suas chaves.
Recheado de diálogos engraçados, esta comédia romântica ganha forma quando um tal escritor desconhecido, Paul Varjak (George Peppard), entra na história como mais um dos moradores do prédio de Holly. O filme se desenrola por aí: uma amizade estranha, de um começo estranho e um final óbvio.
Uma das filosofias do filme, e de Holly (Audrey Hepurn), é que a vida é muito melhor e mais bonita dentro de uma Tiffany. Tudo é mais bonito lá dentro e nada de ruim poderia acontecer a alguém no seu interior. Porém, Holly vivendo na esperança de se casar com um milionário e ainda não possui meios, ou seja cash, para comprar as peças da famosa joalheria. Outro fato importante é que a moça se diz um animal selvagem, impossível de se domesticar. Nós, brasileiros, estamos neste filme também, representados por um filho de fazendeiro de nome José da Silva Pereira.
Quem ainda não assistiu este clássico e engraçado filme deveria reservar duas horas de um dia qualquer de sua vida para rir e se emocionar com as tiradas ingênuas e deliciosas de Audrey e tentar compreender um pouco do estilo de vida de uma parte da camada social dos nossos brothers do norte. Aí vai a dica: m final de ano com uma boa comédia romântica do século passado, com um final óbvio, mas que traz de um diálogo que qualquer pobre escritor de romances gostaria de ter escrito ou que qualquer amante gostaria de reproduzir.
Peter Zoster
Esta minha amiga, sabendo que eu sou um fã de cinema, um desses loucos que se desprendem das horas de finais de semana, ou até mesmo dos dias de semana para ficar enfurnado em um quarto vendo filmes, começou em prólogo me dizendo que havia visto naquela semana o filme Breakfast at Tiffany’s, no Brasil conhecido como “Bonequinha de Luxo”. Trata-se de um filme de 1961 do diretor Blake Edwards, uma adaptação cinematográfica para uma novela do escritor e cronista americano Truman Capote. O restante da carta é outra história.
Pelo pouco que sei de Capote é que era um típico cronista do estilo de vida americano, como se percebe desde o nome da história até a primeira cena do filme em que a bela e sempre estilosa Audrey Hepburn desce de um típico táxi nova-iorquino (aquele amarelinho) numa deserta rua do centro de NY, bem em frente a joalheria que empresta o nome ao filme, a centenária Tiffany, tomando seu café da manhã olhando as vitrines. De antemão, Audrey é o filme! Seu charme e sua beleza misturam-se facilmente com qualquer memória que o espectador venha a ter deste clássico de Hollywood depois de assisti-lo.
O enredo é um tanto simples: uma menina do interior que decide viver a qualquer custo no centro luxuoso da maior metrópole dos EUA. A singela personagem principal vale-se de sua meiguice e infantilidade para, digamos, conseguir uns trocados dos “ratos” ricos de Nova York. Holly troca os dias pelas noites freqüentando bares e sociais pela cidade onde acompanha os tais “ratos” e “super-ratos”, chegando sempre pela manhã em seu prédio no subúrbio de NY, aterrorizando seu esquisito e exótico vizinho, um artista de origem asiática, acordando-lhe pelas manhãs tocando seu interfone para que lhe abra o portão do prédio, pois ela sempre se esquece de suas chaves.
Recheado de diálogos engraçados, esta comédia romântica ganha forma quando um tal escritor desconhecido, Paul Varjak (George Peppard), entra na história como mais um dos moradores do prédio de Holly. O filme se desenrola por aí: uma amizade estranha, de um começo estranho e um final óbvio.
Uma das filosofias do filme, e de Holly (Audrey Hepurn), é que a vida é muito melhor e mais bonita dentro de uma Tiffany. Tudo é mais bonito lá dentro e nada de ruim poderia acontecer a alguém no seu interior. Porém, Holly vivendo na esperança de se casar com um milionário e ainda não possui meios, ou seja cash, para comprar as peças da famosa joalheria. Outro fato importante é que a moça se diz um animal selvagem, impossível de se domesticar. Nós, brasileiros, estamos neste filme também, representados por um filho de fazendeiro de nome José da Silva Pereira.
Quem ainda não assistiu este clássico e engraçado filme deveria reservar duas horas de um dia qualquer de sua vida para rir e se emocionar com as tiradas ingênuas e deliciosas de Audrey e tentar compreender um pouco do estilo de vida de uma parte da camada social dos nossos brothers do norte. Aí vai a dica: m final de ano com uma boa comédia romântica do século passado, com um final óbvio, mas que traz de um diálogo que qualquer pobre escritor de romances gostaria de ter escrito ou que qualquer amante gostaria de reproduzir.
Peter Zoster
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