Vejas, bem!- IV
é…deslizo entre livros e hoje caio em Safo que viva está porque nos
habita em penas móveis onde sua tinta e o erguer de sobrancelhas por
cada palavra tua se afinam e também me despenteiam… amo escrever por
escrever sabes que assim respiro além da sobrevivência ganho ato ao
manto branco dos dias…
Vejas, bem!
doses de desejo e sede e sopro de sonho onde cama é conto que enCamo vento do invento veloz…amor que inflama e se faz chama se profana é se deixar arder neste fogo, ardo…
é… atrás das folhas da tela há completos vazios fingindo-se montanhas por onde sujo as mãos com o tempo entre traços barros e paisagens somente para te alcançar no lago entre palavras para que escoes no verso o amor onde me ouça côro de entardecer me deitando ao infinito…
Vejas, bem!
olhos brancos
escravidão de sonhos
diques e lápides
adeus…
briso por outro mundo
olhar poesia
me ouço em tua respiração
me aquieto, em teu silêncio
poemo, pulso…
Vejas bem!
Escuto Safo, que sopra: “Perante a cólera nada é mais conveniente do que o silêncio”, por isso, coloco
no ar dedos-pássaros bolhas do sonho que brindam com palavras o eco de nossas almas … no papel, sopro cristalino, tinta por onde me escorres vida e signo sigo em parto de ser feliz.
Vejas, bem! V
Mira só, onde me vejo, te encontro e a solidão, que era
companheira por inteiro, hoje me escapa…
é! destapas o medo, abrigas-me do nada e o tudo
já é tua sombrinha e capa, e tu minha cápsula
de pegadas marinhas, dias de marés e poesias, vida!
Vejas, bem!
Feito fênix, te elevas dos cinzeiros, sujas os tinteiros
e sobretudo de mim, és sim o ponteiro, vai e vem de despertar e acordar…
e de amar o que penso ser o amor…
este pulsar que um dia será mais ato que palavra, enquanto isso,
entre esboços de m/eu a nós, descruzo momentos, ato o tempo
com regas de plantas, cozinho, caminho, leio, escrevo, trabalho, descanso,
e antes que a vida me leve, busco com alegria driblar a dor, e brinco, seriamente, de viver!
Vejas bem!
Claro que há momentos tristes, intraduzíveis, onde dou ao coração outros olhos para ter sentidos, e nestes leio muito e te conto que agora Virginia Woolf me acompanha, leio-a em Entre Atos, seu último romance, que se passa em um único dia, feito a Mrs Dalloway, mas que tece numa peça teatral um Século de Histórias, tempos da genialidade de Virgínia … e este foi seu último escrito, mas não seus passos, ele seguem plenos em meus atos, amo o que leio e signo sigo em coma de ser feliz!!
Vejas, bem!
doses de desejo e sede e sopro de sonho onde cama é conto que enCamo vento do invento veloz…amor que inflama e se faz chama se profana é se deixar arder neste fogo, ardo…
é… atrás das folhas da tela há completos vazios fingindo-se montanhas por onde sujo as mãos com o tempo entre traços barros e paisagens somente para te alcançar no lago entre palavras para que escoes no verso o amor onde me ouça côro de entardecer me deitando ao infinito…
Vejas, bem!
olhos brancos
escravidão de sonhos
diques e lápides
adeus…
briso por outro mundo
olhar poesia
me ouço em tua respiração
me aquieto, em teu silêncio
poemo, pulso…
Vejas bem!
Escuto Safo, que sopra: “Perante a cólera nada é mais conveniente do que o silêncio”, por isso, coloco
no ar dedos-pássaros bolhas do sonho que brindam com palavras o eco de nossas almas … no papel, sopro cristalino, tinta por onde me escorres vida e signo sigo em parto de ser feliz.
Vejas, bem! V
Mira só, onde me vejo, te encontro e a solidão, que era
companheira por inteiro, hoje me escapa…
é! destapas o medo, abrigas-me do nada e o tudo
já é tua sombrinha e capa, e tu minha cápsula
de pegadas marinhas, dias de marés e poesias, vida!
Vejas, bem!
Feito fênix, te elevas dos cinzeiros, sujas os tinteiros
e sobretudo de mim, és sim o ponteiro, vai e vem de despertar e acordar…
e de amar o que penso ser o amor…
este pulsar que um dia será mais ato que palavra, enquanto isso,
entre esboços de m/eu a nós, descruzo momentos, ato o tempo
com regas de plantas, cozinho, caminho, leio, escrevo, trabalho, descanso,
e antes que a vida me leve, busco com alegria driblar a dor, e brinco, seriamente, de viver!
Vejas bem!
Claro que há momentos tristes, intraduzíveis, onde dou ao coração outros olhos para ter sentidos, e nestes leio muito e te conto que agora Virginia Woolf me acompanha, leio-a em Entre Atos, seu último romance, que se passa em um único dia, feito a Mrs Dalloway, mas que tece numa peça teatral um Século de Histórias, tempos da genialidade de Virgínia … e este foi seu último escrito, mas não seus passos, ele seguem plenos em meus atos, amo o que leio e signo sigo em coma de ser feliz!!
Carmen Silvia Presotto, conversando com Lispector,
Woolf , Plath, Cecilia, Quintana, Pessoa, Whitman, Octávio Paz , Mario
Benedetti, Baltasar Gracián e Safo . Autora de tesouros como Dobras do Tempo, Encaixes, Postigos, além de poemas, crônicas, photoPoemas, photoCrônicas publicadas em Vidráguas.
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