Foto: Carmen Silvia Presotto por Ricardo Hegenbart |
Poema de Carmen Silvia Presotto
Vejas, bem!
Entre quereres, poderes
e pulsares, hoje
sinto e expresso uma nova série…
Repasso Plath, Lispector
chego a Woolf e proustianamente,
sei que o mundo de buscas mais que perdido
segue infinito e acontece…
Vejas, bem!
Sinto meus olhos úmidos
e de alegria, pois a vida estala
por cada poema lido…
Sinto o coração em minhas mãos,
nas canções que escuto,
querendo saltar ao encontro dos dias…Vivo!
Vejas, bem!
Sim.. há sombras a vestir, palavras a lavar,
versos a serem escritos, re-escritos
mas, ao ser lida, compreendida,
a poeta em mim explode
Vejas bem
eu(s) de mim a outros, outros de mim a ti
é amor, é construção, é diálogo
e acredito que viver siga sendo tudo isso…
Entre quereres, poderes
e pulsares, hoje
sinto e expresso uma nova série…
Repasso Plath, Lispector
chego a Woolf e proustianamente,
sei que o mundo de buscas mais que perdido
segue infinito e acontece…
Vejas, bem!
Sinto meus olhos úmidos
e de alegria, pois a vida estala
por cada poema lido…
Sinto o coração em minhas mãos,
nas canções que escuto,
querendo saltar ao encontro dos dias…Vivo!
Vejas, bem!
Sim.. há sombras a vestir, palavras a lavar,
versos a serem escritos, re-escritos
mas, ao ser lida, compreendida,
a poeta em mim explode
Vejas bem
eu(s) de mim a outros, outros de mim a ti
é amor, é construção, é diálogo
e acredito que viver siga sendo tudo isso…
Vejas, bem!- II
mais um dia e cá está um de m/eu(s)…
sinto, me exalto
na busca de um tempo menos que nada
converso, transporto
dou ao dedos um sentido,
lavo do olhar os cisco, e ao encontrar teu eco
o dia cai mansamente e a alegria persiste
Vejas, bem
não que não haja agonia,
basta abrir um jornal, basta ligar a tevê e
para perceber na vida muita de humana idade extraviada
poderia chorar, seguir com urticaria, lexotear o espaço
destas “pisosomatices”, porém em momentos assim
busco os livros, afasto as nuvens, busco sublimar as ações…
Vejas, bem
abro meu diário, entrego minha dor à tela
ou à branca página, e quando isso não resolve
te conto, sempre tenho meu “desassossegos” de plantão,
quando nem eles resolvem, busco o Bardo e , mesmo piegas,
rio, porque a tragédia de Verona foi bem pior, ainda insistem
os golpes de preconceitos, golpes de fronteiras vis e aí,
quando tudo no “resto é silêncio”, estendo meus eus a ti e
em várias vozes, sei que esta é chata, confessional por demais,
mas poder conversar já é um progresso, livra de tantas “ tites,
pois já nem sei da garganta algo que não seja verso palavra ou canção
claro, que ainda temo as fogueiras, afinal as chagas, as cicatrizes invisíveis,
sabemos são as piores de tratar…
no entanto, tatuada por teu amor, tudo pode acontecer, entre ditos e chavões, há de ter um tempo onde desimaginar-se exista e…
Vejas, bem
… é por este que escrevo, vivo e desenrolo os sonhos, já que sonhar
nos pertence , então sejamos mais que poeira, sejamos paz e luz , átomos de alegria e tudo será matéria poesia, tempo de viver, amar, crescer…
… quando escuto Pessoa feito Bernardo Soares me soprando, menina…” mas também nenhuma dor das que esfacelam a alma consegue ser tão realmente dor como a dor de dentes, ou das cólicas, ou ( suponho) a dor do parto”… rio e sigo em parto de ser feliz!!!
sinto, me exalto
na busca de um tempo menos que nada
converso, transporto
dou ao dedos um sentido,
lavo do olhar os cisco, e ao encontrar teu eco
o dia cai mansamente e a alegria persiste
Vejas, bem
não que não haja agonia,
basta abrir um jornal, basta ligar a tevê e
para perceber na vida muita de humana idade extraviada
poderia chorar, seguir com urticaria, lexotear o espaço
destas “pisosomatices”, porém em momentos assim
busco os livros, afasto as nuvens, busco sublimar as ações…
Vejas, bem
abro meu diário, entrego minha dor à tela
ou à branca página, e quando isso não resolve
te conto, sempre tenho meu “desassossegos” de plantão,
quando nem eles resolvem, busco o Bardo e , mesmo piegas,
rio, porque a tragédia de Verona foi bem pior, ainda insistem
os golpes de preconceitos, golpes de fronteiras vis e aí,
quando tudo no “resto é silêncio”, estendo meus eus a ti e
em várias vozes, sei que esta é chata, confessional por demais,
mas poder conversar já é um progresso, livra de tantas “ tites,
pois já nem sei da garganta algo que não seja verso palavra ou canção
claro, que ainda temo as fogueiras, afinal as chagas, as cicatrizes invisíveis,
sabemos são as piores de tratar…
no entanto, tatuada por teu amor, tudo pode acontecer, entre ditos e chavões, há de ter um tempo onde desimaginar-se exista e…
Vejas, bem
… é por este que escrevo, vivo e desenrolo os sonhos, já que sonhar
nos pertence , então sejamos mais que poeira, sejamos paz e luz , átomos de alegria e tudo será matéria poesia, tempo de viver, amar, crescer…
… quando escuto Pessoa feito Bernardo Soares me soprando, menina…” mas também nenhuma dor das que esfacelam a alma consegue ser tão realmente dor como a dor de dentes, ou das cólicas, ou ( suponho) a dor do parto”… rio e sigo em parto de ser feliz!!!
Vejas, bem!- III
Há dias tão cinzas com sol imenso fora
onde o silêncio grita ao intenso das asas
que agora escuto, elas ressoam feito o Corvo de Poe,
quero escutar outra coisa, mas o movimento
destes rodopios assoviam sobre minha huma idade
assombram o que nem plantei, nem reguei,
mas que por humana demais e tecida por outras sei
que também me pertencem e por isso, as escuto…
… então, é isso e nada é mais!
Vejas, bem!
Nesses dias, onde toda umidade interna cristaliza os passos,
o melhor é buscar um bom livro, um poema,
dar outro sentido aos olhospara que o sentir
se camufle de disfarces para se satisfazer e aquietar-se
por tamanha devassidão…
Não é solidão, não é melancolia,
é o atrito por tantos eus
que em rodopios entre EU gravitam
e se chocam
Vejas, bem!
Em momentos assim,
o melhor é buscar as botas, colocar um gorro,
tapar-se com panos, escamotear o vazio,
porque sabemos que basta um deste tend’eus caírem
para derrubar o tudo que resta…
Vejas bem!
onde o silêncio grita ao intenso das asas
que agora escuto, elas ressoam feito o Corvo de Poe,
quero escutar outra coisa, mas o movimento
destes rodopios assoviam sobre minha huma idade
assombram o que nem plantei, nem reguei,
mas que por humana demais e tecida por outras sei
que também me pertencem e por isso, as escuto…
… então, é isso e nada é mais!
Vejas, bem!
Nesses dias, onde toda umidade interna cristaliza os passos,
o melhor é buscar um bom livro, um poema,
dar outro sentido aos olhospara que o sentir
se camufle de disfarces para se satisfazer e aquietar-se
por tamanha devassidão…
Não é solidão, não é melancolia,
é o atrito por tantos eus
que em rodopios entre EU gravitam
e se chocam
Vejas, bem!
Em momentos assim,
o melhor é buscar as botas, colocar um gorro,
tapar-se com panos, escamotear o vazio,
porque sabemos que basta um deste tend’eus caírem
para derrubar o tudo que resta…
Vejas bem!
ai, exagerada, sou… mas, ao escrever
já me ponho a prumo de seguir o rastros das horas, ergo-me
porque no tempo não há marca do desvivido
e isso, psiu!, escuta como nos sopra bem os Desassossegos de Pessoa
:
“O tempo que envelhece as faces e os cabelos, envelhece também, mas mais depressa ainda, as afeições violenta. [ ...] Estas coisas fazem sofrer, mas o sofrimento passa. Se a vida, que é tudo, passar o amor e a dor, e todas mais coisas, que não mais que partes da vida? “
E signo, sigo, em parto de ser feliz, dando a este euzinho um tempo para lamúrias e construções no trabalho que é viver e então, é só isso e nada mais!!
já me ponho a prumo de seguir o rastros das horas, ergo-me
porque no tempo não há marca do desvivido
e isso, psiu!, escuta como nos sopra bem os Desassossegos de Pessoa
:
“O tempo que envelhece as faces e os cabelos, envelhece também, mas mais depressa ainda, as afeições violenta. [ ...] Estas coisas fazem sofrer, mas o sofrimento passa. Se a vida, que é tudo, passar o amor e a dor, e todas mais coisas, que não mais que partes da vida? “
E signo, sigo, em parto de ser feliz, dando a este euzinho um tempo para lamúrias e construções no trabalho que é viver e então, é só isso e nada mais!!
Carmen Silvia Presotto - escritora que ganhou os meus olhos nesse mundo-tempo. Autora de tesouros como Dobras do Tempo, Encaixes, Postigos, além de poemas, crônicas, photoPoemas, photoCrônicas publicadas em Vidráguas.
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