I
Cantei no coral da escola,
Soltei muita pipa, carrinho era feito de ripa,
Depois das aulas jogava sempre muita bola.
Reunia a turma em prosa inocente,
Não havia medos maiores que a noite*,
Assombração era só estória, gente era gente.
Quem dava trabalho no bairro era bêbado babão,
Maioria das vezes, vindo da boite*
A gente ajudava a rebocar pra casa
pra que não caísse no chão.
Momentos de uma boa infância
P.S.:
(se Quintana no poema Canção da Vida rimou Renoir com poluir, que é que tem eu rimar noite com boite?)
II
Crescendo a família em pencas
Meninas e meninas debatendo
Não havendo um ouro no berço
O jeito era ir vencendo
A mãe ganhando nos arranjos de avencas
Os filhos, uns estudando, outros no terço
O pai, suando na labuta e haja renda
Lembranças de um pouco da adolescência
III
Independência foi conquistada
Cada um pro seu lado, seja solteiro seja casado
De casa levando amor , sonho e vontade
Sem isso ninguém vence a jornada
Ganhando experiência, gerando prole, eis o legado
Para o ciclo onde o tempo, senhor de tudo invade
Instantes da vida que segue
1 comentários:
Olá, Cacá...
Lindos versos... bom colocar para fora estas coisas que sentimos e transformá-las em arte, não?
Abraços,
Kleber e Jonathan
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