Primavera Mortificada

sábado, setembro 29, 2012 2 comentários



Tia Deca




 à Tia Deca (um ano que se foi)







Qual face possuirei quando todos se forem? 
Serei uma decomposição? 
Um broto de pragas do jardim?

Todas as noites descubro sua face em minhas quimeras.

Todas as noites ainda a vejo cega, sem bússola, caçando minhas mãos.

E rogas para que eu a conduza até a varanda para que assim consigas ouvir a canção do mundo.

“Tia, uma mulher de manto preto se aproxima!” (eu sei o seu nome, mas não quero assustá-la).

E assim você se vai: unida com a ancestral idéia que eu tinha da primavera.







2 comentários:

Postar um comentário

Followers

 

©Copyright 2011 Sinestesia Cultural | TNB