Tia Deca |
à Tia Deca (um ano que se foi)
Qual face possuirei quando todos se
forem?
Serei uma decomposição?
Um broto de pragas do jardim?
Todas as noites descubro sua face em
minhas quimeras.
Todas as noites ainda a vejo cega,
sem bússola, caçando minhas mãos.
E rogas para que eu a conduza até a
varanda para que assim consigas ouvir a canção do mundo.
“Tia, uma mulher de manto preto se
aproxima!” (eu sei o seu nome, mas não
quero assustá-la).
E assim você se vai: unida com a ancestral
idéia que eu tinha da primavera.
2 comentários:
Memórias vivas que fazem parte do seu crescer...
Em suma, memórias boas, construtivas.
Beijo :)
Nossa, me emocionou. Que dorido, forte, que poema!
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