Estou custando a me acostumar com a passagem do VOCÊ para o SENHOR. Em quase todos os lugares em que chego sou tratado agora pelo pronome Senhor. Tudo bem, sinal de que os mais jovens conservam a tradição do respeito aos mais velhos, mas... pera aí, não me acostumei com isso ainda. Sempre que me acontece, chego em casa e olho no espelho procurando essa feição que ainda não me dei. As rugas sequer aparecem, o andar ainda é firme e os cabelos agorinha é que estão ganhando umas mechas brancas. Nem adianta aquelas clássicas respostas “senhor é seu pai” ou “ Senhor está no céu”, já que as minhas próprias filhas (tenho duas) já me tratam assim. Deveria haver um período de transição para a gente ir se acostumando aos poucos. Do tipo rito de passagem, assim como acontece com as meninas aos 15 anos, debutantes para a vida.
Poderia ser anunciado na legislação:
ART. 40: A partir dos 40 anos, fica estabelecido que todos são senhores e senhoras perante a lei, sem nenhuma distinção, de cor, credo e semblante. Revogam-se todos os vocês em contrário.
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