Se tu fosses como eu
Nunca seríamos nós,
Pois mesmo no acaso da mera semelhança
Ou da útil discordância
A essência de você estaria em ser, apenas, o que é.
E sendo o que és nunca haveria verbo pra acompanhar seu tempo...
Passado, presente ou futuro de nós mesmos,
O apocalipse das igualdades estaria próximo,
Somente próximo, quando chegasse o fim.
O fim de você, o fim de mim;
O fim de nós mesmos. Iguais ou diferentes,
Apenas pelas coisas da vida.
Seria a finalidade da existência então sermos dois e não um?
Quando um é sujeito composto, oposto, complexo...
Indisposto, às vezes, de conjugar a mesma sentença que o outro um
E na mesa do café ler revistas,
E na hora do jantar ver tevê.
Seria bom, seria normal.
Mas você é um, e eu outro um
E mesmo dois aparentemente diferentes
Quem sabe, outros dois proximamente iguais.
Peter Zoster
2 comentários:
Coelhinho, coelhinho. Se eu fosse como tu...
iguais na virtude e na decadência.
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