A igreja católica, com atraso de séculos criou recentemente um canal (apenas na Alemanha) para que as pessoas possam denunciar casos de pedofilia praticada por seus membros. Desde a época inquisitorial, há casos onde os componentes do clero acusados de denúncia de abusos sexuais não receberam o rigor da pena pela igreja conforme seria esperado. Está tudo registrado nos autos do tribunal da inquisição, cujo maior acervo se encontra no Arquivo Nacional na Torre do Tombo, em Portugal.
O próprio Papa já havia se reunido com o clero Irlandês no inicio desse ano para tratar do assunto considerado muito recorrente naquele país. É sabido que a pedofilia é um caso muito antigo, remonta à antiguidade, antes mesmo de Cristo. Em algumas culturas, há casos de emancipação de meninos apenas depois que os mesmos são sodomizados por um adulto membro da comunidade. Faz parte dos ritos de passagem deles1. No nosso meio ocidental, pelo menos, a pedofilia é tipificada no código penal como crime hediondo, entretanto, ocorre entre famílias pobres ou ricas, entre políticos influentes, entre juízes, entre grandes e pequenos empresários, entre trabalhadores e desocupados, e gente comum, entre muitos religiosos de muitas igrejas e não só a católica. Então estou apenas fazendo constatações e revelando alguns dados que pertencem ao domínio da história.
Pode parecer um paradoxo, um fenômeno que beire a escatologia, mas no sentido da depuração de chagas sociais, acredito que estamos é melhorando. As novas tecnologias da informação permitindo o acesso muito rápido a quase tudo o que se faz e se produz no mundo com uma admirável e espantosa rapidez, faz com que o susto seja amenizado quando observamos que a sociedade se mobiliza para colocar um fim nos casos de verdadeiras anomalias graves. No entanto, é essa mesma tecnologia que permite que os agentes da pedofilia se multipliquem em tempo e espaço, utilizando-se do principal meio de sedução de suas potenciais vítimas, no caso, a internet.
O melhor meio para se combater uma anomalia social, creio, é tornando-a de domínio do público através, tanto de denúncias que incitam ao debate e a mobilização social quanto, claro, com a punição rigorosa dos acusados e/ou o seu isolamento com tratamento quando os casos forem de comprovada sociopatia grave ligada a perversões.
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1 – Rituais de pederastia compulsória na Melanésia. – HERDT, Gilbert, Ritualized Homossexuality in Melanésia. Berkeley, University of Califórnia Press, 1984.
* Fontes:
- História da Criança no Brasil, Mary Del Priore (org), Coleção Caminhos da História, Ed. Contexto (CEDHAL), 2ª ed. São Paulo, 1992.
- site www.todoscontraapedofilia.com.br/.../index.php?...cria...denuncia...pedofilia...
- BBC Brasil - www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/03/100329
O próprio Papa já havia se reunido com o clero Irlandês no inicio desse ano para tratar do assunto considerado muito recorrente naquele país. É sabido que a pedofilia é um caso muito antigo, remonta à antiguidade, antes mesmo de Cristo. Em algumas culturas, há casos de emancipação de meninos apenas depois que os mesmos são sodomizados por um adulto membro da comunidade. Faz parte dos ritos de passagem deles1. No nosso meio ocidental, pelo menos, a pedofilia é tipificada no código penal como crime hediondo, entretanto, ocorre entre famílias pobres ou ricas, entre políticos influentes, entre juízes, entre grandes e pequenos empresários, entre trabalhadores e desocupados, e gente comum, entre muitos religiosos de muitas igrejas e não só a católica. Então estou apenas fazendo constatações e revelando alguns dados que pertencem ao domínio da história.
Pode parecer um paradoxo, um fenômeno que beire a escatologia, mas no sentido da depuração de chagas sociais, acredito que estamos é melhorando. As novas tecnologias da informação permitindo o acesso muito rápido a quase tudo o que se faz e se produz no mundo com uma admirável e espantosa rapidez, faz com que o susto seja amenizado quando observamos que a sociedade se mobiliza para colocar um fim nos casos de verdadeiras anomalias graves. No entanto, é essa mesma tecnologia que permite que os agentes da pedofilia se multipliquem em tempo e espaço, utilizando-se do principal meio de sedução de suas potenciais vítimas, no caso, a internet.
O melhor meio para se combater uma anomalia social, creio, é tornando-a de domínio do público através, tanto de denúncias que incitam ao debate e a mobilização social quanto, claro, com a punição rigorosa dos acusados e/ou o seu isolamento com tratamento quando os casos forem de comprovada sociopatia grave ligada a perversões.
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1 – Rituais de pederastia compulsória na Melanésia. – HERDT, Gilbert, Ritualized Homossexuality in Melanésia. Berkeley, University of Califórnia Press, 1984.
* Fontes:
- História da Criança no Brasil, Mary Del Priore (org), Coleção Caminhos da História, Ed. Contexto (CEDHAL), 2ª ed. São Paulo, 1992.
- site www.todoscontraapedofilia.com.br/.../index.php?...cria...denuncia...pedofilia...
- BBC Brasil - www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/03/100329
2 comentários:
"If you have a few hundred followers, and you let some of them molest children, they call you a cult leader. If you have a billion, they call you Pope."
– Bill Maher
Se você tem algumas centenas de seguidores, e você deixa alguns deles molestarem crianças, eles lhe chamam de líder de culto. Se você tem um bilhão, eles lhe chamam de Papa.
Concordo com você, estamos melhorando na depuração das chagas sociais, pelo menos estamos tomando um conhecimento mais imediato e abrangente das ocorrências, o que, em tese permite que aconteça a Justiça. Mas para mim, o grande problema, a grande chaga social que cada vez aumenta mais é a impunidade, é a reprimenda que não chega, e que quando vem, já não mais consegue reparar os malefícios sofridos pelas vítimas, pois nem sequer causa pesar ao ofensor. Quando a justiça chega, já virou injustiça (Ah, Rui Barbosa, como você tem razão!!!). A mobilização social é uma grande conquista, mas por si só não basta, pois além de noticiar nada mais pode fazer, e a memória popular, sabe-se é muito fraca e o pior, tende a acalentar o bandido sob o pálio dos direitos humanos. Se o ofensor vai preso a turma dos direitos humanos estarão lá para ampará-los e reintegrá-los na sociedade, mas e as crianças vitimadas e seu familiares, alguém lembrou além do alarde? Problemão hein.
Beijo grande.
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